Quem tem diabetes pode fazer um tratamento de reposição hormonal?

A decisão de realizar um tratamento de reposição hormonal é algo que deve ser discutido e avaliado pela paciente e seu médico. Entretanto, alguns fatores podem influenciar essa decisão e, é claro, gerar dúvidas com relação a esse assunto.

Um desses fatores é a presença de doenças crônicas no organismo feminino, como por exemplo a diabetes. Essa doença causa ainda mais insegurança na mulher que chegou à menopausa porque também tem relação com alterações hormonais significativas e importantes para o metabolismo.

Mas o que acontece com a mulher com diabetes na menopausa? Ela pode realizar o tratamento de reposição hormonal? É esse o assunto que vamos discutir abaixo!

O que causa a diabetes?

A diabetes é uma doença que pode se desenvolver em duas diferentes condições:

• Por condições genéticas: chamada de diabetes tipo 1, a paciente nasce com ela;

• Por problemas na alimentação e hábitos de vida: chamada de diabetes tipo 2, é uma consequência da incapacidade do organismo em utilizar toda a glicose disponível no sangue.

Em ambas as situações, apesar das origens diferentes, o sintoma mais tradicional da diabetes é a elevação da glicemia sanguínea, levando ao desenvolvimento de vários outros sintomas e doenças relacionadas com o metabolismo e bem-estar do organismo.

Como é feito o controle dessa doença na menopausa?

O tratamento da diabetes é realizado da mesma maneira em pacientes que estão na menopausa ou não. Para as mulheres com diabetes tipo 1, em que a doença é genética, o tratamento é realizado com o suporte de aplicações de insulina – o hormônio que não é produzido por essas pacientes e que leva à elevação da glicemia no sangue – e acompanhamento dietético.

Para as mulheres com diabetes tipo 2, o tratamento deve ser feito com orientações e acompanhamento dietético, além da prática regular de atividades físicas, visto que o problema aqui é o excesso de açúcar circulante no sangue e não a falta da produção de insulina.

A presença da menopausa não influencia na recomendação de ambos os tratamentos.

Como o tratamento de reposição hormonal afeta a glicemia?

Segundo pesquisas da Diabetes Digest, em algumas situações específicas, por se tratar da introdução de hormônios no organismo, o tratamento de reposição hormonal pode ter algum tipo de efeito na glicemia sanguínea da paciente, dificultando, nesses casos, o controle da diabetes. É exatamente por isso que, nesses casos, o tratamento para controlar a glicemia pode ser ajustado com a chegada da menopausa, para evitar as consequências de uma possível hiperglicemia não programada.

Essa situação, entretanto, não costuma ser comum em um tratamento de reposição hormonal.

O tratamento natural é uma solução?

Para mulheres com diabetes que se sentem inseguras com relação ao tratamento de reposição hormonal, o tratamento natural pode ser uma solução interessante. Esse tratamento, feito com produtos à base de soja, é considerado seguro por ser rico em isoflavonas, compostos semelhantes ao estrógeno feminino, responsáveis por substituir os hormônios faltantes no organismo feminino durante a menopausa. Não tem efeito cumulativo, sendo excretado pela urina dentro de 48 horas.

É importante, entretanto, pedir o acompanhamento e a opinião de seu médico sobre as dosagens e uso desses medicamentos naturais, para fazer seu uso de maneira segura e benéfica.

A mulher com diabetes pode sim fazer um tratamento de reposição hormonal, mas deve discutir essas questões com seu médico antes de tomar essa decisão.

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