Muitas mulheres, já conscientes dos sintomas da menopausa acabam buscando informações no ambiente virtual e, ao perceberem a proximidade desse período, começam a se automedicar.
O problema é que toda automedicação é problemática e no caso do tratamento dos sintomas da menopausa não é diferente. Veja cinco riscos que você corre quando tem esse tipo de atitude:
1. Riscos de interação entre medicamentos
Se automedicar para os sintomas da menopausa sem conversar com um médico pode incorrer em riscos de interações medicamentosas. Muitos remédios não podem ser tomados concomitantemente, pois podem ou anularem os efeitos um do outro (é o caso de muitos medicamentos hormonais e antibióticos) ou então juntos podem acabar afetando a saúde do paciente (por exemplo, danos severos ao fígado ou alterações psicossomáticas).
Se você se automedica pode acabar interagindo dois medicamentos que não podem ser manipulados juntos, pelo simples fato de ignorar que eles não podem ser ingeridos assim. Esse é um dos motivos pelos quais a automedicação pode ser perigosa.
2. Aumento do risco de câncer de mama e ovários
Se você se automedica, principalmente com reposição hormonal sintética, e não passou por uma avaliação médica, há a possibilidade de se expor a um aumento do risco de desenvolver câncer de mama e de ovários.
Ao consultar um médico antes de inserir esses medicamentos para tratar os sintomas da menopausa, ele deverá avaliar o histórico da mulher, a fim de verificar se há riscos de aumentar as chances de incidência de um desses tipos de câncer com o uso de determinados medicamentos com hormônios. Caso você opte por tomá-los sem indicação, poderá estar incorrendo nesse risco sem saber.
3. Mascarar outros problemas semelhantes aos sintomas da menopausa
Muitas mulheres acham que determinados problemas são sintomas da menopausa que está chegando, como por exemplo, ressecamento vaginal, ausência de menstruação, falta de libido, aumento da incidência de dores de cabeça, etc. Porém, esses sintomas também estão ligados a outros problemas mais sérios.
Se você acredita que está chegando na menopausa e começa a tratar os sintomas, pode estar mascarando outras doenças. Quer ver um exemplo? Se você começa a ter dores constantes de cabeça e acha que está ligado ao climatério, poderá estar disfarçando uma enxaqueca crônica, deficiência de vitaminas ou até mesmo problemas mais sérios como um tumor cerebral.
4. Riscos de utilização de medicamentos inapropriados
Muitas vezes, as mulheres utilizam determinados medicamentos que, no senso comum, são indicados para determinadas situações, mas que de fato não se adéquam àquela situação.
Com isso, podem acabar gerando resistência ao princípio ativo do medicamento e acabar atrapalhando posteriormente algum determinado tratamento que possa ser indicado a ser feito. Além, é claro, dos efeitos para o organismo de usar medicamentos que não sejam indicados para determinado problema.
5. Aumento do risco de trombose e problemas derivados
Se a mulher opta por fazer uma reposição hormonal sintética por automedicação, poderá, tal como no caso do aumento de chances de desenvolvimento de um câncer de ovário ou de mama, incorrer em um severo risco de problemas com trombose e seus derivados (embolia pulmonar, AVC, entre outros).
Isso porque medicamentos hormonais podem potencializar a formação de coágulos em pessoas que já tenham tendência genética a isso. O médico, antes de prescrever a reposição hormonal sintética, deverá avaliar o histórico da paciente e pedir exames de trombofilia para saber se a paciente pode tomá-los ou não. Caso o exame dê positivo, alternativas naturais e menos danosas para o organismo podem ser indicadas.
Se você começou a sentir os sintomas da menopausa e pensa em se automedicar, é melhor evitar. Procure um médico, faça os exames de rotina e cuide-se. Ficou alguma dúvida sobre o assunto? Conte para nós nos comentários.